BOLSA ELEIÇÃO

BOLSA ELEIÇÃO

Mais uma Bolsa se dá

Para um pobre coitado

Quem sabe um viciado

Que acha isso um maná

É Bolsa pra otário

De leite a presidiário

Que faz com que parte da gente

Pareça decente

Travestida de ajuda

A Bolsa não muda

O perfil do bolsista

É de não adianta, desista

Adere a uns canalhas

Que usufruem da gentalha

Jogando migalhas

Que os afastam da batalha

A Bolsa é esmola

É meia sola

Serve para comprar

Um voto ao votar

Estimula a lassidão

Não é preciso se mexer

Para ganhar o pão

Basta sufragar o anão

Nada se faz de consistente

Além de excluídos discursos

Que aos excludentes

Servem de escudo

São guardiões da alforja

São massas de manobra

Sua grande obra

É proteger a corja

E assim seguem os bolsistas

Agradecendo a benemerência

Dos grandes ilusionistas

Que vivem da mágica indecência

E o país afunda

Sem cidadania

Vive uma barafunda

Fruto da vilania

Viva o Brasil

País das Bolsas mil

Cheias de centavos

Abarrotado de escravos

E pais de pobres são eleitos

De modo insuspeito

Enchendo de satisfação

O Bolsista e o anão

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 14/09/2012
Código do texto: T3881896
Classificação de conteúdo: seguro