Minha arte

Sou um artista contemporâneo: e sei o quanto é efêmera, toda essa contemporaneidade na qual estou inserido. Minha arte é carregada de simbolismos clássicos e marcada pela busca de um lirismo por muitos já esquecido; por isso no cenário atual me torno um ser à parte, incompreendido.

Em tempos líquidos, como bem define Bauman, ser sólido é no mínimo motivo de estranhamento por parte dos que não assimilam nada que os obrigue a pensar.

Para estes minha arte é indigesta: preferem alimentar-se de isopor.

Todavia continuarei sendo fiel ao que acredito, e filtrando toda essa modernidade que me asfixia, fazendo minha arte à parte, longe de grandes holofotes, arte esta: lírica, atemporal e solidificada.

Hélder Nóbrega Cor
Enviado por Hélder Nóbrega Cor em 14/09/2012
Reeditado em 16/10/2012
Código do texto: T3881092
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