Desolação
Quando eu era criança, olhava para o lado de fora de um quarto escuro e esperava ansiosa pelo dia que poderia colorir tudo... Desolado eu brincava com cacos de vidro e estilhaços de cristais... Sempre pensava que o amanhã estaria solitário novamente... Quando eu estava por aí, sentado em um chão verde, imaginava coisas como em um filme preto e branco... Desolado, eu esperava que as coisas fizessem algum sentido. Mas sabia que era um solitário e que novamente nada tinha sentido e as portas estariam fechadas para que eu fosse qualquer coisa que eu não tinha forças para andar nessa ponte durante a tempestade... Eu ainda escolhi as uvas que deveriam ser pisoteadas para beber desse vinho e posso afirmar, com toda certeza, que eu abri a porta e rezei quando te encontrei... Olhe para mim e me deixa ser sugado por esse amor que é como uma estrada que caminho durante a chuva... Abra a porta para o sol entrar... Quem sabe por ela eu também possa passar... Quem sabe eu também não possa ficar?