MORTE: "Nada está abatido"

Uma canção grega que canta Kharis Aleksiu, mas não só ela, intitula-se "Típota den páei khaméno" (Nada está abatido, em tradução relativamente livre). A letra é de Manolis Rasoulis e a música, de Manos Loizos.

Quase cinquenta anos

De torturas e persecuções:

agora esta maldita doença,

pagamento injusto...

O direito à luta

te privou de tanto:

Mas a vida como grávida

gerou as esperanças.

Nada está abatido

na tua vida batida

Teu sonho ressuscito

e cada um dos teus "porquês".

Não digas nunca que o fado

foi injusto contigo,

senão só que a História

fe falou doutro jeito:

Descaído nos cafés,

penseroso pelas ruas:

Mas ontem, na manifestação,

caminhavas sorrindo...

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http://www.youtube.com/watch?v=Lrg2q80cd9M

ou

http://www.youtube.com/watch?v=_GDf5AwBZs4

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Imagine cada um a situação do protagonista e do seu questionador, da protagonista e da sua questionadora... Tristemente a letra é de grande atualidade na Grécia, em Portugal, na Espanha... Não sei se na Irlanda, onde a fé parece não mover montanhas... os montes e moreias dos mass média que tão bem nos escondem a realidade.

Ontem na Catalunha, nação inclusa no reino bourbónico da Espanha, arredor de 1.500.000 pessoas exigiam se independizarem desse reino, decerto hoje menos democrático do que ontem: parece que TVs não espanholas iniciaram os telejornais por essa notícia; a TVE, do estado, colocou-a em quinto lugar.

Sinceramente: ignoro os motivos certos por que os governantes da Grécia, de Portugal e mesmo da Espanha se enferrolham em continuar a fazer parte de uma União Europeia que os abafa como governantes e que empobrece radicalmente os seus ... súbditos?, sim, súbditos, porque nesses estados (repúblicas ou reinos tanto tem) os cidadãos já foram banidos como cidadãos, tornados em quase escravos dos "mercados", como pouco e pouco a "globalization" está a banir a cidadania onde quer que ainda existia...