À rosa desfolhada
Belo é contemplar a semente que caiu na terra vingar.
Crescer, se desenvolver...
Duro é perceber que o solo acolhedor não oferecia profundidade para a planta se enraizar e dar frutos.
Doloroso é ver os açoites do vento à doce e delicada rosa que, sem apoio vai ao chão.
Não ouso ordená-la que se levante, antes que fique onde está.
Logo a chuva vai cair,
por enquanto, deixa que tuas lágrimas encharquem o solo e o inebrie com o aroma de seu perfume.
Permita que tuas pétalas fecundem o terreno a que te fincaste.
Novo sol brilhará logo mais,
novas pétalas hão de surgir,
Tu renascerás mais forte.
Permita-se a esperança de ser feliz novamente.