Segredo Secretium

No céu o sol encanta as nuvens de algodão com os seus raios

As nuvens parecem querer fugir... outras vezes juntam-se, para levarem com eles.

Elas são marotas; e são como as crianças.

Ora querem, ora não querem.

Mas a elas ninguém as educa.

Talvez o vento que ás vezes empurra-as para fora do seu caminho.

Como ele é altivo, e forte!

Queria ter as tuas asas;

Sim, eu tenho a certeza que tu tens asas!

Senão, como poderias voar?

Eu sei, vento, que tu és um anjo escondido!

O esquecido que vagueia no esquecimento.

O que me faz tremer de frio, e que acha divertido levantar as saias às raparigas atrevidas.

Ah sim, eu sei!

Eu sei tudo a teu respeito!

Lembras-te do “antigamente”? Quando eu era mais moça do que sou?

Eu costuma conversar contigo e tu comigo!

Lembras-te, contavas-me as tuas histórias do norte e do sul;

Do oeste e do este.

E eu escutava, embalada nos teus versos.

Batias na minha janela quando chegavas, lembras-te?

E ás vezes até trazias pequenas gotinhas de chuva para eu brincar, lembras-te?

Ah! Como eu era feliz contigo como amiga!

Agora andas por aí, a balouçar, e a assustar e a embalar outras raparigas

Mais crianças, mais anjinhos.

Ah sim, eu sei que és um anjo!

Mas eu prometo...

Não contar a ninguém!

Secretium!

Luara
Enviado por Luara em 20/02/2007
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