Inteligência

Quando eu era pequeno, minha mãe me dizia que se eu jogasse meus dentes de leite no telhado eu seria uma pessoa grande e se eu os colocasse por entre páginas de livros, eu seria inteligente. Colocava-os, pois, em meio as folhas de dicionários antigos que devem existir até hoje (juntamente com os dentes em questão). Mal sabia eu que inteligência em proporções inadequadas viria sob o custo da felicidade. Hoje eu já não os colocaria lá... Hoje eu gostaria de ser apenas mais um ser vivendo o que há pra viver, sem questionar e sem precisar entender. E isso eu não posso mais. Agora só me resta acreditar que talvez eu apenas não seja inteligente o bastante para optar pela felicidade.