Quando nós perdoamos

Quando nós perdoamos, nós nos libertamos e começamos a sair da escuridão pois, quando não conseguimos perdoar, vão germinando nos nossos corações verdadeiras ervas daninhas de sentimentos negativos que, se deixarmos crescer, sugarão a seiva dos nossos sentimentos positivos e farão com que as nossas piores características se fortaleçam, transformando-nos em escravos do ressentimento e prendendo-nos numa escuridão sufocante.

E nós, sem nos darmos conta, vamos sendo cada vez mais acorrentados por desejos de revanche, pensamentos de amargura e lembranças dolorosas, que passam a comandar nossos atos.

Apenas quando nós perdoamos, é que deixamos de ser escravos do ódio, da mágoa e do ressentimento e voltamos a ser senhores de nós mesmos. Perdoar significa que o mal que alguém nos fez cessou de ter poder sobre os nossos espíritos e abrimos novamente as portas para que a alegria entre em nós.

Guardar ressentimentos faz com que não enxerguemos a luz da felicidade, porque vemos apenas as trevas criadas por nossos sentimentos magoados. Caso alguém nos tenha feito mal e nós, cheios de ódio, ainda lembremos, mesmo após vários anos, este mal continua fazendo efeito em nós, corroendo-nos lentamente, muitas vezes sem que notemos.

Lembremos: o ódio é escravizante e nos leva a girar sempre em torno daquilo que alguém nos fez. Bem, se o mal que a pessoa nos fez foi muito grande, saibamos que perdoá-la não nos obriga a ter amizade com ela.

Deve-se perdoar para que o nosso interior deixe de ser como um charco de água suja e estagnada e volte a fluir para adiante, límpido e renovado, liberto do passado e vivendo o presente.