PIOR QUE MAL LER
Pior que mal ler é atribuir ao texto um sentido que ele não possui.A coisa é curiosamente aberrante quando se trata de uma evidente tentativa de invalidar a verdade mesma do discurso do texto em questão : nada de errado na leitura crítica de um texto, qualquer texto, mas simular pouca familiaridade com o tema a fim de diminuir a força do que está claro é, para dizer o mínimo, má fé.As questões abaixo nada mais são que isso, uma canhestra tentativa de encontrar contradições a respeito do que a Bíblia diz a respeito de Jesus.
1.ª SUPOSTA CONTRADIÇÃO : Jesus prega a não violência ( Mt 5:22 e 5:39 ) e no entanto expulsa agressivamente os mercadores do templo ( Jo 2:15 ).
REFUTAÇÃO : A categoria do ‘erro’ aqui seria ignorância a respeito da natureza de Jesus.Um acesso de fúria num ser que abriga naturezas humana e divina não é exatamente um escândalo ou contradição, como também não o foram a fome, a decepção, a fadiga física e a morte.Supor contradição nesses fatos indica que o leitor não distingue muito bem não violência de tolerância com o erro.A imagem do ‘Jesus bonzinho sinônimo de Papai Noel’ talvez tenha muito a ver com essa recepção chocante do episódio.A Bíblia, no entanto, não tem qualquer compromisso com percepções convenientes e alienantes a respeito da pessoa de Jesus, ela o mostra como ele de fato é, sem cortes ou atenuantes.
2.ª SUPOSTA CONTRADIÇÃO : Jesus prega a boa convivência e a tolerância ( Mt 7:12 ) ao mesmo tempo em que ‘não tolera a doutrina dos outros’ ao afirmar que os que não recebessem seus discípulos teriam fim pior que Sodoma e Gomorra ( Mt 10:14,15 ).
REFUTAÇÃO : A questão aqui parece ser de compreender fundamentos doutrinários básicos do cristianismo ( Lei e Graça, Fé, Salvação, Pecado, Juízo, Livre-Arbítrio ) : não tem como contornar, leitura obrigatória de, pelo menos, Os Evangelhos e Cartas Paulinas) e a partir de então deduzir que o que Jesus estava colocando em prática naquele momento era o seguinte princípio : se eu me coloco fora do alcance da graça divina ( evidenciada através da Fé no Seu Filho ) assumo, inevitavelmente, a conseqüência devida à minha escolha, a responsabilidade é pessoal.Agora, a quem interprete ‘vender o próprio peixe’ como desrespeito à doutrina alheia, isso é lá outra história e não estará sozinho pois tais vitimismos andam muito em voga em toda parte, hoje.
3.ª SUPOSTA CONTRADIÇÃO : Sustenta a perpetuidade da Lei ( Mt 5:17 ) e no entanto colhe espigas no sábado, o que a contraria ( Mc 2:23 ).
REFUTAÇÃO : Novamente recomendo a leitura cuidadosa dos Evangelhos e Cartas Paulinas com foco no fundamento Lei e Graça.Colocando de forma sucinta ( em termos bem cristãos ) : a finalidade da Lei é Cristo e não o contrário, o ato ‘transgressor’ aqui trazendo a nu a inconsistência da religião baseada na letra morta, da qual nada ou pouco discerniam.
4.ª SUPOSTA CONTRADIÇÃO : Jesus ‘julgava-se Deus’ ( Mt 10:30 ), tendo consciência de sua missão (Mt 16:21 ), no entanto ‘sente medo’ e pede para que o Pai ‘o livre da cruz’ ( Mt 26:39 ).
REFUTAÇÃO : A fala de Jesus, ‘Meu Pai, se é possível, passe de mim esse cálice; todavia, não seja como eu quero, mas como tu queres’( Mt 26:39 ), além de dar uma clara noção do grau de consciência que Jesus possuía a respeito de sua missão, traduz a sua humanidade e tudo a que ela o sujeitava naquele momento crítico, inclusive tristeza extrema ( o texto usado não fala de ‘medo’ ).Jesus era Deus e humano, sua missão não poderia ser levada a efeito senão daquela forma e ele sabia disso, mesmo quando se dirige ao Pai a respeito de tão amargo cálice – condiciona o seu querer à vontade do Pai e a ele se submete.
5.ª SUPOSTA CONTRADIÇÃO : Jesus ensina a caridade com discrição ( Mt 6:3,4) e no entanto diz ‘Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus’ ( Mt 5:16 ).
REFUTAÇÃO : Essa é meio aberrante...: no texto de Mateus capítulo 6 Jesus se refere claramente ao curioso hábito que os praticantes do judaísmo tinham, de se acompanhar ‘duma trilha sonora com música ao vivo’ no ato de esmolar, a hipocrisia da coisa toda merecendo a atenção do Mestre numa orientação bem específica.Já no texto de Mateus 5:16 não me parece que ‘vossas boas obras’ deva necessariamente ser entendido por ‘esmola’, o cristianismo pretendia ( pretende ) mais que isso, e o contexto é um discurso sobre conduta cristã e não uma retificação numa prática judaica tradicional.
6.ª SUPOSTA CONTRADIÇÃO : Jesus diz que ganhará o Céu quem crer nele ( Jo 3:36 ) e no entanto afirma que ‘dará a cada um segundo as obras’ ( Mt16:27 ).
REFUTAÇÃO : ‘Obras’ no contexto de Mt 16:24-28 é uma conseqüência da fé em Cristo, não há qualquer contradição,aqui, apenas um erro decorrente da leitura de um versículo isolado de seu contexto.
Pior que mal ler é atribuir ao texto um sentido que ele não possui.A coisa é curiosamente aberrante quando se trata de uma evidente tentativa de invalidar a verdade mesma do discurso do texto em questão : nada de errado na leitura crítica de um texto, qualquer texto, mas simular pouca familiaridade com o tema a fim de diminuir a força do que está claro é, para dizer o mínimo, má fé.As questões abaixo nada mais são que isso, uma canhestra tentativa de encontrar contradições a respeito do que a Bíblia diz a respeito de Jesus.
1.ª SUPOSTA CONTRADIÇÃO : Jesus prega a não violência ( Mt 5:22 e 5:39 ) e no entanto expulsa agressivamente os mercadores do templo ( Jo 2:15 ).
REFUTAÇÃO : A categoria do ‘erro’ aqui seria ignorância a respeito da natureza de Jesus.Um acesso de fúria num ser que abriga naturezas humana e divina não é exatamente um escândalo ou contradição, como também não o foram a fome, a decepção, a fadiga física e a morte.Supor contradição nesses fatos indica que o leitor não distingue muito bem não violência de tolerância com o erro.A imagem do ‘Jesus bonzinho sinônimo de Papai Noel’ talvez tenha muito a ver com essa recepção chocante do episódio.A Bíblia, no entanto, não tem qualquer compromisso com percepções convenientes e alienantes a respeito da pessoa de Jesus, ela o mostra como ele de fato é, sem cortes ou atenuantes.
2.ª SUPOSTA CONTRADIÇÃO : Jesus prega a boa convivência e a tolerância ( Mt 7:12 ) ao mesmo tempo em que ‘não tolera a doutrina dos outros’ ao afirmar que os que não recebessem seus discípulos teriam fim pior que Sodoma e Gomorra ( Mt 10:14,15 ).
REFUTAÇÃO : A questão aqui parece ser de compreender fundamentos doutrinários básicos do cristianismo ( Lei e Graça, Fé, Salvação, Pecado, Juízo, Livre-Arbítrio ) : não tem como contornar, leitura obrigatória de, pelo menos, Os Evangelhos e Cartas Paulinas) e a partir de então deduzir que o que Jesus estava colocando em prática naquele momento era o seguinte princípio : se eu me coloco fora do alcance da graça divina ( evidenciada através da Fé no Seu Filho ) assumo, inevitavelmente, a conseqüência devida à minha escolha, a responsabilidade é pessoal.Agora, a quem interprete ‘vender o próprio peixe’ como desrespeito à doutrina alheia, isso é lá outra história e não estará sozinho pois tais vitimismos andam muito em voga em toda parte, hoje.
3.ª SUPOSTA CONTRADIÇÃO : Sustenta a perpetuidade da Lei ( Mt 5:17 ) e no entanto colhe espigas no sábado, o que a contraria ( Mc 2:23 ).
REFUTAÇÃO : Novamente recomendo a leitura cuidadosa dos Evangelhos e Cartas Paulinas com foco no fundamento Lei e Graça.Colocando de forma sucinta ( em termos bem cristãos ) : a finalidade da Lei é Cristo e não o contrário, o ato ‘transgressor’ aqui trazendo a nu a inconsistência da religião baseada na letra morta, da qual nada ou pouco discerniam.
4.ª SUPOSTA CONTRADIÇÃO : Jesus ‘julgava-se Deus’ ( Mt 10:30 ), tendo consciência de sua missão (Mt 16:21 ), no entanto ‘sente medo’ e pede para que o Pai ‘o livre da cruz’ ( Mt 26:39 ).
REFUTAÇÃO : A fala de Jesus, ‘Meu Pai, se é possível, passe de mim esse cálice; todavia, não seja como eu quero, mas como tu queres’( Mt 26:39 ), além de dar uma clara noção do grau de consciência que Jesus possuía a respeito de sua missão, traduz a sua humanidade e tudo a que ela o sujeitava naquele momento crítico, inclusive tristeza extrema ( o texto usado não fala de ‘medo’ ).Jesus era Deus e humano, sua missão não poderia ser levada a efeito senão daquela forma e ele sabia disso, mesmo quando se dirige ao Pai a respeito de tão amargo cálice – condiciona o seu querer à vontade do Pai e a ele se submete.
5.ª SUPOSTA CONTRADIÇÃO : Jesus ensina a caridade com discrição ( Mt 6:3,4) e no entanto diz ‘Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus’ ( Mt 5:16 ).
REFUTAÇÃO : Essa é meio aberrante...: no texto de Mateus capítulo 6 Jesus se refere claramente ao curioso hábito que os praticantes do judaísmo tinham, de se acompanhar ‘duma trilha sonora com música ao vivo’ no ato de esmolar, a hipocrisia da coisa toda merecendo a atenção do Mestre numa orientação bem específica.Já no texto de Mateus 5:16 não me parece que ‘vossas boas obras’ deva necessariamente ser entendido por ‘esmola’, o cristianismo pretendia ( pretende ) mais que isso, e o contexto é um discurso sobre conduta cristã e não uma retificação numa prática judaica tradicional.
6.ª SUPOSTA CONTRADIÇÃO : Jesus diz que ganhará o Céu quem crer nele ( Jo 3:36 ) e no entanto afirma que ‘dará a cada um segundo as obras’ ( Mt16:27 ).
REFUTAÇÃO : ‘Obras’ no contexto de Mt 16:24-28 é uma conseqüência da fé em Cristo, não há qualquer contradição,aqui, apenas um erro decorrente da leitura de um versículo isolado de seu contexto.