Te amo, simplesmente...

Se hoje sou seu salvador, ontem talvez fosse seu demônio e amanhã, quem sabe, possa ser seu amor, não pelo que possa ter te ajudado, ou venha a poder te ajudar, nem mesmo pelo que tenha te provocado, mas pelo que te surpreenda sendo quem sou, vivo, vivente ou vivificante, horas te completando, horas te enlouquecendo, horas te fazendo descobrir que o céu é aqui, e horas te mostrando quão profundo pode ser o inferno aqui mesmo.

Se você de mim precisa, não necessito de você, não desejo um capacho, não preciso de um dependente, quero em você o inesperado, o irresponsável criativo no limite do humano, busco em você o imprevisto do que você se transforma renascendo a cada instante em você mesma.

Quero te amar livre na verdade do amor, sem amarras, sem dogmas ou preconceitos, quero ser amor em você, com você e por você, com o único limite da dignidade humana e social, sem medos e sem vergonha de ser feliz.

Quero ser livre sendo liberto em você, tendo em você a louca liberdade de quem ama a vida em toda a sua louca complexidade e em toda a sua simplicidade de ser uma com a oportunidade do viver.

Não preciso especificamente de você, preciso de todos, necessito do social, preciso da vida. Se a escolhi, o fiz pela beleza da sua louca existência, da sua ânsia do viver e da sua responsável essência, na liberdade de seres sempre múltipla sendo una com o viver.

Se te quero é porque és especial sendo exatamente quem és, e não tentando ser o que as falsas doutrinas do sofrimento feliz possam tentar te transformar. Quero sim sua natural transformação na eterna evolução de serdes quem és. Te amo assim, louca, livre, responsável, minha, não sendo de ninguém, sendo apenas humana em seu viver.

Arlindo Tavares
Enviado por Arlindo Tavares em 01/09/2012
Reeditado em 01/09/2012
Código do texto: T3860206
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