Uma história de amor...
A recepcionista do hospital ligou para a empresa, pedindo os documentos de um paciente para efetuar a internação.
- Mas, procuro por quem?
- Pode procurar por Regina Mendonça. O senhor garante que estará aqui ainda hoje?
- Claro, Regina.
- Qual é o nome do senhor.
- Meu nome é Franz Haanz.
- Nossa. Como se escreve isso? Muito complicado.
- KKKKKK...Não se preocupe porque o nome não tem nada a ver com a pessoa.
A moça não era muito experiente nesta função e foi direto ao assunto:
- Não? Como você é.
- Como eu sou? Me responda você, como você acha que eu sou?
- Ah! Com este nome, parece que é muito alto, com olhos azuis e usa óculos fundo de garrafa.
- KKKKKK...
- E você, como acha que eu sou.
- Você deve ser, baixinha, gordinha e com a cara cheia de pintinhas.
- KKKKK. Você quase acertou.
- KKKK. Não se preocupe, quando eu chegar aí você vai me reconhecer na hora.
Quando estava na hora de fechar a recepção, ela olha para o corredor e vê um homem de calça jeans, cinto combinando com o sapato, camisa e um bigode de dar inveja a qualquer homem.
Ele vinha com uma caixa nas mãos e um envelope na outra.
Quando se aproximou do balcão, Regina tonteou.
O perfume era delicioso e o sorriso encantador.
Ele perguntou:
- Regina?
- Hans?
-Muito prazer. Tudo bem? Trouxe os documentos.
Regina ficou toda atrapalhada. Parecia que estava com maleita. Ela tremia muito e ficou gaguejando .
Ele pediu algumas informações sobre o paciente e perguntou se poderia vê-lo.
Regina foi pedir autorização para a visita e levou Hans até o quarto.
Ela voltou para a recepção.
Quando ele retornou, pediu um papel e uma caneta e escreveu o nome dele com um telefone e disse:
- Regina, este telefone é meu. Se precisar de alguma coisa, pode ligar.
Junto com o telefone, ele lhe deu uma caixa embrulhada com papel de presente e disse:
- Um presente para você, baixinha.
Regina estava nas nuvens. Nunca tinha visto um homem tão bonito, tão gentil e muito menos, nunca havia ganhado um presente de ninguém, só do seu namorado.
Ela agradeceu o presente, pegou o telefone e guardou.
Ele despediu-se e foi embora.
Regina estava estranha. Pernas bambas. Parecia que tinha visto um fantasma.
Naquela noite, não prestou atenção na aula e quando chegou em casa, não conseguia dormir.
A emoção daquele encontro tão simples havia dado um alerta em sua cabeça.
Regina sentiu-se atraída por aquele homem.
Ele era bonito, parecia ser muito mais velho, o jeito de andar chamava a sua atenção, a voz dele não saia da sua mente e o perfume ela nunca mais esqueceria.