A vida é um Lego (ou o oportunismo como forma de conduta)
Quando observamos as ações de um adulto temos de ver nele a criança, pois, no comportamento do adulto de hoje o resultado reflete a criança que ele foi, como ele costumava agir nos seus primeiros anos de vida. Caso esse adulto tenha se portado como uma criança recalcitrante, irresponsável e pouco afeita aos estudos, o adulto, certamente, não será muito melhor.
Claro que é possível (e desejável) mudar aquilo que não gostamos em nós ou em nossas vidas... mas, ( sempre aparece esse incômodo “mas”) isso não é algo que se faça sem uma revisão desse nosso joguinho de Lego, do modo como vivemos até que pensemos em “mudança”. Mudar apenas no discurso, cosmeticamente, não é mudança: é apenas mais uma mentira (entre tantas) que contamos para nós mesmos, para nos dar uma falsa sensação de que tudo está bem; de que “agora vai”...
Temos de convir que quase nunca aceitamos como nossas as cargas que nos pesam nos ombros, já que nos esquecemos com facilidade que fomos nós mesmos que as acumulamos, que somos nós mesmos que montamos os Legos de nossas ações ao longo de nossas vidas. Como é bem mais fácil reclamar de qualquer fator externo como causa de nossas mazelas, é também plausível que fiquemos a esperar ajuda externa para retirar as pesadas cargas que nós, diligentemente, produzimos. Aí, é só pedir um milagre, participar de um culto de exorcismo qualquer e esperar que num passe de mágica voltemos a ficar leves e soltos de novo, libertos dos frutos ruins que nós mesmos geramos.
Agindo assim, com esse oportunismo cínico, fica bem claro que nenhuma lição útil de vida fica para nós.
E haja pedido para todos os tipos de deuses para que continuemos a viver nossas vidas sem nos responsabilizar por nossos atos!!!
Terras de São Paulo, manhã de Quinta-Feira. penúltimo dia de Agosto de 2012
João Bosco