NÃO ATIRE NO LIXO MINHA POESIA
Minhas letras são pobres, sem nexo
Podem ser dispersas, sem esmero
Cadentes, dolentes, sem harmonia
A tonalidade doentia
Toca o destempero
É lívida minha poesia
Opaca, desprovida de alegoria
O chão que estremece
Com ou sem fantasia
Não produz enlevo
Não atire no lixo minha poesia
No seu âmago há ternura
Faceirice, alegria
É ela que me deleita
Nas entrelinhas da afonia
Me aceita
Entre a depressão e a agonia.
Minhas letras são pobres, sem nexo
Podem ser dispersas, sem esmero
Cadentes, dolentes, sem harmonia
A tonalidade doentia
Toca o destempero
É lívida minha poesia
Opaca, desprovida de alegoria
O chão que estremece
Com ou sem fantasia
Não produz enlevo
Não atire no lixo minha poesia
No seu âmago há ternura
Faceirice, alegria
É ela que me deleita
Nas entrelinhas da afonia
Me aceita
Entre a depressão e a agonia.