PARAR

O medo quer me matar mais uma vez.

A dúvida não me deixa nem no recreio.

Sei onde quero chegar e vou.

A pressão do caminho me atormenta sem nem mesmo tê-lo trilhado. Expectativa!

Mas não consigo parar de correr, de buscar.

Que bom que é assim.

Queria que os sonhos fossem simples. Será que eles existem?

Sonhos simples não são sonhos!

Sonhos simples são sonhos enterrrados, esquecidos, frustrados,...

Os meus não morrem, os meus dormem porque não os pedi. Nasci para eles.

Buscá-los-ei enquanto me perseguirem.

Esperá-los-ei enquanto dormirem.

Chamá-los-ei enquanto falarem ao meu ouvido.

Esquecê-los-ei enquanto não sonhá-los.

Estarei distante enquanto fugirem.

Desconhecê-los-ei quando se esconderem de mim.

Meu sonho é seu e de todos. Realizá-los, só poucos.

Paulo Sérgio Costa
Enviado por Paulo Sérgio Costa em 24/08/2012
Reeditado em 01/09/2012
Código do texto: T3847860
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