Cabeças II

Relendo Problema Matemático, Cabeças, Coração X Cérebro e Plano Divino.

Tava pensando numa coisa quando parei num mercadinho pra comprar algumas coisas. Na hora de entregar os itens pro caixa, ele foi fazendo a conta e eu respondi de pronto o total (já tinha feito a conta no caminho, contando nos dedinhos e tudo) o cara ficou me olhando estranho, mas confirmou a conta na calculadora (ué, eu também quis confirmar, nem eu confio na minha cabeça direito), mas respondi pro balconista, como se estivesse com uma coceira na bochecha esquerda:

- A gente coça de um jeito ou de outro (levei a mão direita por cima da cabeça pra coçar a bochecha, voltei e repeti o mesmo processo pelo caminho de baixo)

- Ou o senhor pode usar a mão esquerda!

- Pois é, tudo vem da maneira de pensar em resolver o problema.

Sempre respondo isso se quero demonstrar maneiras diferenciadas de resolução de problema.

No texto Cabeças eu citei sobre aprendizado, sobre como eu não aprenderia certas áreas, mas confesso que eu mesmo fui infeliz nessa observação: Infeliz não, só não apliquei essa medida que eu sempre falo, de tentar coçar de outro jeito.

Não que vocês me veriam com uma fita métrica no pescoço, ajeitando o corte de alguma roupa de alguma modelo. Mas teria todas as medidas dela anotada, comparando tecidos e formato do corpo dela em todos os ângulos. Procurar a melhor fibra que não incomode os movimentos de acordo com a ocasião. Não, não seria um estilista de cara, mas usaria a minha visão para resolver o problema que me tivessem imposto.

Na cozinha confesso que experimento coisas, claro, eu mesmo sou cobaia (Ainda num testei pra fora). No molho da minha macarronada eu ponho pimenta malagueta e açúcar (nem sei de onde tirei isso), mas eu aprovei e ainda não judiei do paladar de outrem.

Tá, tive que soltar umas amarras que vinha da cabeça mesmo. E não fugi da maneira de pensar, só cocei de outro jeito.

Mas o ponto desse texto todo é o mesmo do texto anterior, achar uma intersecção de conhecimentos.. Ainda não testei isso com um estilista pra ele aprender a consertar um computador. Mas se eu já percebi que sou capaz de aprender coisas fora da minha rotina, por que não outros não deveriam aprender?

Tomara que a coçada se expanda isso aconteça um dia com Fé e Ciência.