Fala à Minina a Mulher

Senta e chora, minina!

De vez em quando faz bem se afogar nas próprias lágrimas.

Desabafa, fala... nem que seja com as 04 paredes frias desse

seu quarto sem graça.

Xinga, esperneia, berra,

se jogue no chão feito criança, abraça os joelhos,

põe a cabeça entre as pernas e chora mais, e mais e mais.

Morra, morra aí no seu canto, mas só se for morrer assim:

só de amor e de saudade dele.

Enlouqueça, coma muito,

vá... ponha em prática seu jeito sempre exagerado.

Expresse!

Mas eu te peço, por favor minha minina

abandone o domínio dos meus atos.

E não se esqueça, minina linda, que você também sou eu,

essa MULHER que agora lhe fala.

Por tanto se cuide, seja lá pra que canto de mim você vá agora,

porque a partir de hoje, minina, faço com que se perca dentro de mim

e não volte.

Agora sigo só eu A MULHER forte, decidida e imponente, porque

é dessa MULHER que ele gosta.

Então se conforme minina e murche, mingue dentro de mim.

E não me implore... não adianta, não vou ceder.

Tô abrindo mão de você, minina.

Salvador, Ba

21/08/2012

Kell Magalhães
Enviado por Kell Magalhães em 22/08/2012
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