“Boemia”
Ser da noite um amigo,
É aceitar seu designo
Sem lamentar-se, apenas
Cala-me a boca e embala
Num céu ainda sem luar!
Há noite, acalenta-me em
Seus braços frios e de
Cor sem brilho, pois de
Ti se aparta o luar inda
Pálido a isolar-se por
Entre as estrelas arrebanhadas.
Basta-me um sentir de gosto
Estranho, basta-me o
Silencio que não murmura
A boca da noite, acariciada
Pela brisa fria que assopra
Vindo do oriente, tão distante;
Que faz tinir os rumores do
Meu coração arredio e
Solitário!