“Boemia”

Ser da noite um amigo,

É aceitar seu designo

Sem lamentar-se, apenas

Cala-me a boca e embala

Num céu ainda sem luar!

Há noite, acalenta-me em

Seus braços frios e de

Cor sem brilho, pois de

Ti se aparta o luar inda

Pálido a isolar-se por

Entre as estrelas arrebanhadas.

Basta-me um sentir de gosto

Estranho, basta-me o

Silencio que não murmura

A boca da noite, acariciada

Pela brisa fria que assopra

Vindo do oriente, tão distante;

Que faz tinir os rumores do

Meu coração arredio e

Solitário!

Joel Costadelli
Enviado por Joel Costadelli em 21/08/2012
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