DA HONRA E DO AMOR

Tenho compromissos de honra e de amor, compromissos que às vezes se confundem, outras vezes não.

Dois desses compromissos são de Natureza Maior:o que tenho para com minha mãe e o que tenho para convosco: a ambos tenho doado minha vida, o que dela posso, o que dela sei. Por isso vos exorto a cuidar de vós, como vos deveis cuidar, neste momento terrível, senão por vós, ao menos por mim, para ajudar-me nas orações que teço, todas as noites, por vós.

Tenho compromissos de honra e de amor para com meus amigos, no chamado mundo real, no chamado mundo virtual, por meus amigos, que me querem bem, aos quais devo muito da esperança e da paz que consigo ter.

Tenho compromissos de honra para com meus adversários, também; não quero nem devo preocupar-me com o que julguem ou pensem de mim, que o que me cabe é purificar, cada dia mais, dentro do que eu possa e consiga, meus sentimentos com relação a eles: só me cabe o que me cabe a mim.

Cabe-me,por fim, os compromissos de honra e de amor para com relação a mim mesma. Estes me estão sendo (sempre o foram) difíceis de cumprir, fáceis de abandonar, não porque seja eu alguém tão altruísta a ponto de colocar-me em último lugar nesta lista de compromissos de honra e de amor. Por covardia, talvez, quase certamente por simples covardia, por mera acomodação (alguém, de cujo nome não me lembro, escreveu, em algum livro, que "aprendemos a amar até nossos cabelos fracos e nossos dentes cariados"). Não há por que enaltecer-me a mim, diante de mim, diante de ninguém. Não há por que, nem há de quê. Na Bíblia está escrito: "Amai ao próximo como a vós mesmos...". Se Cristo Jesus nos conhecesse menos (a nós, humanos comuns, os santos são seres de outra natureza) teria dito: "Amai ao próximo mais do que a vós mesmos..." Se ELE não nos exortou a isso é porque sabe das nossas fraquezas, das nossas vaidades, também dos nossos autoenganos. ELE nos sabe, sempre.

Abraço grande,amigos.

No início da tarde de 20 de agosto de 2012.