Só... em meu caos

Não há alguém comigo

Tenho andado só

Tenho procurado isso.

Caminhando,desfazendo-me em pó

Reajuntando-me...

Tentando não me perder...ao menos de mim

Nem esquecer-me.

Dificil é me recompor

Quando projéteis em palavras

estão a atingir-me!

Quando estou a me tornar quem sou

continuam a ferir-me.

Minha imagem distorcida

no espelho quebrado de sua interpretação...

Ah uma pedra atingindo este espelho

e seus cacos caindo ao chão!

Culpo-me. Alguns dos motivos de tudo isso são meus.

Apesar disto, minha necessidade não é dos conselhos teus...

Sua mente não saberá falar

o que seus olhos limitados não conseguem ver.

Porque seus ouvidos insistem em escutar

apenas o que alheios tem a dizer!

Cansado estou de submeter-me a uma morte de vida.

De sabotar minha própria corrida

e de esperar tudo ficar bem...

No caos da existencia e na insistencia em causar o caos...

Estou só, não há alguém!

Não considero-me errado, tampouco certo.

Somente tropeçando em erros...tentando acertar.

Todos assistem o meu tentar

Persistem em comentar

Não há quem queira entender...compreender...

Por isso estou a me afastar...ao meu modo.

As águas estão turbulentas

Não tenho mais forças nos braços.

O abraço de quem sabe nadar

me salvaria do naufrágio...

Exausto estou de tentar só

Admito, sou frágio.

Não gritarei mais...quero paz...

Bonança das tempestades...

Aceito que só no fim...jaz.

Francis Paixão.