CONTINUIDADE

Me derramo por uma alma que não me pertence por vezes

Desabo confabulações de uma nova era refeita a todo instante

Entre altos e baixos num movimento sutil de uma vida pacata

Milhares de sentimentos elaborados num papel em branco

Mentor de uma lógica fundada entre sonhos mais que ilogicos

Fantasias vindas por um núcleo sem mais uma dor crescente

Mesmo que sangremos numa alma devidamente calejada,

Nos inspiramos a conter nos a continuar ante uma inquietude

Uma eternidade findada por anos de uma expectativa docil

Cercos quebrados pela imensidão de caminhos novos

enquanto vulneraveis como petalas ao vento,

Marionetes por homens que nos mantem aprisionados,

Entre sentimentos que nos fazem reunir fatias de um elo novo

Arrastados desígnios colidindo no amadurecimento cortante

Fases em uma espera movida diante condições nulas,

Evidências na cegueira por homens contorcidos

Cantam canções no silêncio de uma liberdade convícta

Construção por meios sem tanta sofreguidão antecipada

Enquanto homens choram por tão pouco

Mais que tudo, entre sentimentos redefinidos entre idas e vindas

Numa eternidade mantida por olhos que um dia se fecham...

Claudio Teruo Ninomiya
Enviado por Claudio Teruo Ninomiya em 18/08/2012
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