CONTINUIDADE
Me derramo por uma alma que não me pertence por vezes
Desabo confabulações de uma nova era refeita a todo instante
Entre altos e baixos num movimento sutil de uma vida pacata
Milhares de sentimentos elaborados num papel em branco
Mentor de uma lógica fundada entre sonhos mais que ilogicos
Fantasias vindas por um núcleo sem mais uma dor crescente
Mesmo que sangremos numa alma devidamente calejada,
Nos inspiramos a conter nos a continuar ante uma inquietude
Uma eternidade findada por anos de uma expectativa docil
Cercos quebrados pela imensidão de caminhos novos
enquanto vulneraveis como petalas ao vento,
Marionetes por homens que nos mantem aprisionados,
Entre sentimentos que nos fazem reunir fatias de um elo novo
Arrastados desígnios colidindo no amadurecimento cortante
Fases em uma espera movida diante condições nulas,
Evidências na cegueira por homens contorcidos
Cantam canções no silêncio de uma liberdade convícta
Construção por meios sem tanta sofreguidão antecipada
Enquanto homens choram por tão pouco
Mais que tudo, entre sentimentos redefinidos entre idas e vindas
Numa eternidade mantida por olhos que um dia se fecham...