Meus momentos

Tenho meu momento anjo, meu momento demônio;

meu momento criança; meu momento homem;

meu momento sonhador; meu momento pés no chão;

meu momento forte; meu momento fraco;

meu momento alegria, meu momento tristeza;

meu momento presente, meu momento nostalgia;

meu momento sonho, meu momento realidade.

Em cada um deles estou eu de corpo e alma; intenso, sempre presente. Às vezes querendo muito algo; às vezes querendo mais que se dane. Acreditando, perdendo a fé. Mas continuando sempre em frente. Às vezes olhando para trás, remoendo algum erro, resgatando alguma vã lembrança. Essas lembranças ora doces, ora dolorosas. Mas sempre aguardando o que o futuro me reserva. O que pode chegar a ser uma grande surpresa. Ou simplesmente alguém que seja essa grande surpresa. Esperas, medo, anseios, sonhos, esperança. Esse tem sido eu. Talvez um dia mude. Ou não. Mas o que espero é que nunca perca minha essência, essa que me faz ser quem sou. Me faz aceitar ser tudo o que sou. Dedicação! Pode ser a palavra que tenha faltado. Mas isso tenho de sobra. O que não tenho culpa é que nem sempre meu comprometimento se remeta a algo bom. Mas aos poucos vou me reconhecendo. Vou permitindo que me conheçam, me reconheçam. Se não me quiserem, não vou mais sofrer tanto. Chega um momento de nossas vidas que algo se torna um costume. Sabe quando você tem muito alguém e quando acaba você nem sente tanto a falta do sentimento por estar acostumado àquela presença? Pois bem, aos poucos vou me acostumando também às ausências. E talvez, quando alguém chegar, seja de minha solidão que eu venha a sentir tanta falta...