Cálice antimonotonia

Por mais que beba nunca me iludi, passei a ser mais forte e maior

De espírito, minha magoa se estende desde o espírito ao coração, meu Corpo já esta há tanto tempo pesado e nem posso mais esconder o quantoJá me decepcionei, é verdade, eu já amei, mas mesmo se a flor voltasse a brotar em meu jardim, ao invés de deixar que os outros à arranque, Eu mesmo a deceparia e arrancaria sua raiz de mim;

Sempre me conformei com a minha solidão,

Solidão essa que já não faz nem tanto mal assim,

Ate acho-a simpática, Pelo menos essa ainda não mi apunhalou;

Acho que minha velhice se antecipou e muito,

E meus sonhos já viraram distorção,

O que sonhava quando criança

Aprendi, Nunca será verdade,

E que o mundo é dos falsos...

Mas deixamos de falso alarde;

Nunca aprendi a falsidade alheia do mundo,

Acho que sou um tolo meio infantil que sempre quis

O mundo do jeito que lia em historias,

Nunca fui de ser romântico, ate me iludo, nem sou bom com palavras,

Acho que deveria ser mais falso...

Afinal tudo nesse mundo não passa disso,

Falsidade revestida numa carcaça de hipocrisia.

Carlos Henrique de Azevedo
Enviado por Carlos Henrique de Azevedo em 18/08/2012
Reeditado em 20/08/2012
Código do texto: T3836127
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