MORTE: E pousa, pousa...!
Há uma canção popular galega, que todo o mundo canta (ou quase todo o mundo), pícaro, inocentemente pícaro, cujo "ritornello" reza:
E pousa, pousa, pousa
e não me toques naquela cousa.
E pousa, pousa aginha*
e não me toques naquela cousinha.
(http://www.youtube.com/watch?v=Xnx73C7n5xk)
Os estados, sobretudo os estados grandes e unidos, embora dividores grandiosos também ou por isso mesmo, rosmam** contra todo o humano que tente ser humano e, como humano, se revoltar contra qualquer escravidão, sobretudo a escravidão da ignorância.
Ah, os estados, todos, os grandes e os pequenos, não podem permitir que os seus súbditos se libertem da ignorância. Porque a ignorância garante que "aquela cousa" permaneça intocável, persista ativa contra qualquer sintoma de liberdade.
Por isso os estados, sobretudo os grandes, enormes "democratas"!, não cantam mas apenas rosmam "não me toques naquela cousa". E rosmam-no rodeados de exércitos poderosos e defendidos por polícias extremos...
Perderam de todo o humor, a picardia inocente que os galegos prodigalizam ao cantarem "E pousa, pousa, pousa..."
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(*) "aginha" adv. t. Presto, rapidamente, decontado, em breve tempo.
"Mais aginha": antes, primeiramente: "mais aginha o verá morrer de fame que dar-lhe um bocado". [lat. agina]
(**) "rosmar" v. i. (1) Resmungar, falar em voz baixa, por entre os dentes. (2) Rifar, protestar. (3) Murmurar. (4) Resmungar, amostrar repugnância ao fazer algo. (5) Grunhir os porcos. /// Para caracterizar os governantes dos estados, escolham a aceção mais apropriada; eu já escolhi uma.