A chuva bate na vidraça.....
Como a saudade no coração....
A vidraça em estalos rechaça
Eu recolho-me a solidão.....
 
Solicito a Deus para resistir....
A saudade se faz doída....
Não sou eu de mentir......
Estou mesmo sem saída....
 
Trancam-se todas as janelas
Sem usar nenhumas tramelas
Minha vida vira escuridão.....
E sem ao menos um lampião.....
 
Neste cortejo .... Apenas uma vela...
Vejo-me na luz que emana dum pavio
A morte convida-me a chegar a janela....
Para apreciar tudo que estava por um fio....
 
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Rio das Ostras 15 de Agosto de 2012  16:11 hs