Cisco no olho
Me senti tão “uma-palavra-que-não-sei-dizer”
Que quis lembrar do que nunca aprendi
E olhei mesmo pra mim
Buscando alguma resposta nos meus olhos
Mantive os castanhos abertos
Entrou um cisco e pra sair foi difícil!
Mas eu não parei por aí
Disseram-me que eu precisava encontrar
O que eu não tinha
Mas quase tudo que eu não tinha
Eu queria e sempre via
Mirei o meu coração, fitei...
E tinha escrito algo em inglês
Espanhol, javanês...
Uma bandeira que sempre vi
E aprendi a admirar
A de quem nem sabe dizer o meu nome
E nem mesmo tem interesse de dizer
Os ciscos entram nos olhos nos ricos?
Alexandre, o grande, guerreiro rei da Macedônia!
Movei seus exércitos a vasculhar
Cada grão de terra para desterrar
E contra um cisco no olho
O que fará?
Ciscos vêm do mundo pra dentro
Pra dentro dos olhos
Janelas da alma!
Entra pela cozinha
Não acham nada na sala!
Abalam as estruturas, supostas seguras...
Entram n`alma os tais ciscos
E atingem fundo o coração
Maspor onde entram os ciscos
Também invade a percepção
Duma ou doutra coisa
Dum amor, duma paixão
Duma amizade
De outro coração.