Lar, segurança, fica mais um pouco?
Como se não merecesse estar lá, era uma criança perdida que só queria correr de volta pra casa. Mas não havia porta, apenas muros. Em toda a volta coberta de sorrisos largos, sua casa te engolia pra dentro. E você sorria. As paredes se fecham com o tempo e não há como encontrar nos teus braços um lar. Jogada em teus abraços enquanto outros brincam com teus cabelos. Fica mais um pouquinho? Jogada, envolvida, não está pronta para o sorriso por mais que por tantos anos tivesse sido motivo de uma busca desesperada. Não buscava sorrir, buscava quem lhe fizesse sorrir de novo, como num verdadeiro lar. Mas os muros fecham as nove horas, e um novo inquilino morará. Segurança, falta, sorrisos ou bolinhas de papéis. Afinal, quem nos abriga em seus braços como um lar um dia também precisa encontrar seu lugar. Pra sempre roubado, sugado pelo abrigo do abrigo. Saudades de sentir-se segura enquanto me jogava pra cima. Por favor, coloque suas mãos em mim e simplesmente exista na cadeira ao lado. Adrenalina, medo de segurança: Minha genuína base essencial.