Estive tomado por uma confusão. E ao chegar em casa e ser acolhido pelas minhas coisas eu deitei, dormindo um sono cansado. Estava exaurido. Acordei e na cabeça martelavam os mesmos pensamentos, repetitivos e barulhentos. E embora o dia corresse no seu compasso habitual eu continuava ouvindo, no último volume, a mesma música.
 
Ela me dizia de alguns medos: medo grande, medo largo, medo estranho, medo faminto e inconveniente. Medo de uma natureza assustadora; medo ‘Boi da Cara Preta’, medo 'Lobo Mau', medo de quarto escuro, de cortar o dedo. Medo de gente que morreu; medo, medo, medo... aquele medo!
 
São experiências assim que me fazem compreender o quanto sou menino medroso. Falta-me tanta coisa para que eu me torne um homem feito. Falta descobrir o passo certo. E quem sabe aquela bifurcação não passe de um caminho só?
 
Como saber?
Tentando!
 
É de bom-tom que, ao agirmos, lancemos mão do coração, uma vez que é o centro de toda vida sensível, intelectual e emocional. É ali o teatro onde acontece o espetáculo das afeições, alegrias e paixões. Mas, é também onde os dramas das lembranças, remorsos e tristezas vivem em cartaz.
 
Ajude-me a mirar nas resoluções sadias. Ajude-me a fugir do medo perverso. Ajude-me a não fechar a bilheteria antes mesmo que você possa assistir ao filme de nossas vidas.


 
Imagem - Fonte: google
Toni DeSouza
Enviado por Toni DeSouza em 11/08/2012
Reeditado em 21/01/2016
Código do texto: T3825779
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