A INVENÇÃO DA RODA QUADRADA
E assim o homem(des)inventou a vida. Desmanchou os nós entrelaçados entre seu desdém pelo outro e pelo cotidiano. Tentou refazer os elos, conectá-los.
Para driblar o tédio e estimular o cansaço tentou ser mais ágil.
A hipertensão seria indício de sensibilidade e virilidade.
A vida sem sal não teria sentido. O sal da terra, o sal da testa, sinônimo de paladar, de essência, de gozo.
O tédio partiu da ausência palatável de sódio, converteu-se em angústia e teve o impacto mais acentuado na roda quadrada.
A roda quadrada não conduziu a quase nenhum lugar. A roda dentada o feriu. A roda circular não existia porque o mundo era quadrado: o homem era quadrado.
Prisioneiro da ignorância teve que arrombar os muros intransponíveis do cárcere com a própria cabeça.
Só aí descobriu a circunferencidade da caixa craniana: aí concebeu a roda.
E assim o homem(des)inventou a vida. Desmanchou os nós entrelaçados entre seu desdém pelo outro e pelo cotidiano. Tentou refazer os elos, conectá-los.
Para driblar o tédio e estimular o cansaço tentou ser mais ágil.
A hipertensão seria indício de sensibilidade e virilidade.
A vida sem sal não teria sentido. O sal da terra, o sal da testa, sinônimo de paladar, de essência, de gozo.
O tédio partiu da ausência palatável de sódio, converteu-se em angústia e teve o impacto mais acentuado na roda quadrada.
A roda quadrada não conduziu a quase nenhum lugar. A roda dentada o feriu. A roda circular não existia porque o mundo era quadrado: o homem era quadrado.
Prisioneiro da ignorância teve que arrombar os muros intransponíveis do cárcere com a própria cabeça.
Só aí descobriu a circunferencidade da caixa craniana: aí concebeu a roda.