Estava ouvindo Nocturne do filme Secret Garden. Hoje, em especial, refletindo sobre o infinito. Algumas definições para essa palavra no dicionário são: eterno, sem fim e absoluto. Porém, o que em nossa sociedade ou na nossa vida pessoal nos leva a crer na permanência?  Nada. Pelo contrário, somos finitos e frágeis.

Em contra partida aparece o não menos frágil beija-flor nos mostrando algo para pensar. Ele é um pássaro pequeno e delicado capaz de beijar mais de mil flores por dia extraindo delas o néctar. O mais curioso é que as terminações de suas asas batem fazendo o número oito no ar. Oito na matemática é o símbolo do infinito.

A natureza é sábia...

O infinito pode ser o segundo que dura um gesto de afeto. O minuto onde percebo que não sou mais a mesma pessoa de dois dias atrás. A hora em que minha pele toca outra pele com tamanha intensidade que não noto mais a ausência do tempo.

Cabe ainda citar Vinicius de Moraes:
“(...) que seja infinito enquanto dure”.

Com o beija-flor compreendo o que a razão humana às vezes não pode alcançar. A importância do que é eterno.
O infinito é o tempo necessário para permanência de tudo que é admirável aos nossos sentidos.