A Paz no País do meu PAI.
A Paz no País do meu PAI.
Hoje vivemos tempos olímpicos, onde vencer ou vencer é uma questão de ouro (pode ser de prata ou bronze também)... Não nos cabe mais a disputa por disputar, o jogo pelo prazer, mas sim o Jogo como a batalha final, nossa 'Walterloo' tropicalista onde os inimigos são sempre os outros, nós a resistência às forças Napoleônicas... MAS o que quero lhe dizer não tem haver exatamente com 'guerra e paz' e sim com guerra aos pais... Muitos de nós que temos os pais vivos, a figura masculina do conjunto Pai/Mãe, esquecemo-nos de dar a importância deste em razão daquela que nos sempre foi mais amável, próxima e carinhosa, que é a nossa mãe (alguém ousa dizer que há controvérsias?)... Mas não estou aqui a fazer campanha contra as mães, de modo algum, pois minha santa e doce mamãe não mereceria um risco em sua biografia e nem a sua, que dai lê este texto, sem nada estar a entender... Pois bem, vou tentar explicar: Na historia da humanidade o homem sempre foi tido e havido como um ser que não pode chorar, de ser pouco afeito a sentimentos ou sentimentalismo, que tinha e tem a função de enfrentar tudo e todos e sair à caça da subsistência da prole, seja ela um pequeno antílope ou um salário mínimo federal... O Pai sempre foi ligado à figura do Super-herói, o sujeito que vem a noite salvar os indefesos da tirania dos dias (que já saliento não quer dizer 'dos da família Dias', pois ai estaria eu incluso nessa tirânica turma) e depois some, voltando a ser um Clark Kent qualquer, num trabalho qualquer, num lugar afastado e distante qualquer, de onde não o vemos e nem temos a menor ideia do que fez ou faz nosso herói nas horas de folga... O Pai assim fica a se esconder da família, tendo os filhos menos contato e ligação com ele, o que não é mais só com os Papais de hoje, mas também com as mamães que tem de ir à luta atrás de ajudar nas despesas do lar... Mas por ser essa figura de relevo distante, quase uma figura dispensável quando não exerce seus superpoderes e fica sentadão a noite no sofá da sala vendo a novela das 21hs, torcendo pra Carminha ser desmascarada e a Nina ser internada ou assistindo o bom e violento esporte bretão, o Pai por vezes é esquecido por seus filhos na guerra do dia a dia e acaba por ser, algumas das vezes, questionado e posto de lado por alguma falha em seus superpoderes ou numa vacilada humana qualquer... Ora amigos, ser Pai também é padecer num paraíso, sou que ele padece e num demostra, pois ele tem de ser durão, não é assim que aprendemos que tem de ser?... Por isso, e só pra isso escrevi esse texto e nem sei bem o porquê, já que com meu Pai, pude me redimir de alguma forma nos anos que, junto com meus irmãos e toda a família, estive ao seu lado quando ele foi posto fora de combate por conta de uma maldita criptônita qualquer... Quero que com este texto pense e reflita sobre o como é ser Pai, e que se tem alguma diferença com seu Pai, seu Papaizinho, seu Super-herói destemido, aproveite o Domingo e faz algo de especial que é selar a paz, meu rapaz (só pra rimar), e dá um abraço no homem, no ser comum e falível como você, que um dia semeou amor e você pôde nascer colocando a sementinha na florzinha e 'pluft' (onomatopeia que fiz enquanto escrevia), cá está você firme e forte... No País do Carnaval, do Mensalão que não existiu mesmo tendo havido e dos Federais fazendo greves Federônicas, lembre-se, seu Pai não tem nada haver com os problemas do Mundo ou do Brasil e quer com vi celebrar no domingo a Paz e a harmonia de novos dias e novos tempos, para que o amor do gesto e da palavra dita seja o combustível de mais e mais dias felizes pra todos nós... Desarme seu coração, se tem algo que foi dito ou feito e não assimilado, ponha de lado, tome a iniciativa e vá ao encontro de quem te colocou nessa vida pra amar e ser amado... Assim seja...