VIA LACTEA
Como cometas no universo nossas vidas colidiram
Criaram campos magnéticos, que infringindo as leis da física,
Ao invés de nos repelirmos nos atraímos.
A grandiosidade do oceano de seus olhos
Do qual navego tranquilamente sem perceber as ondas
Que me conduz ainda mais para dentro do infinito
Esse infinito sentimento, que às vezes parece doentio.
De tanto que doe quando estamos separados
Que mata a sede num beijo calmo e sereno.
E as estrelas que assistem sem intervir
Sabem do resultado que por mais imprevisível que seja
Tende a acontecer repentinamente “a francesa”.
E nessa imensidão de corpos e vidas
Os cometas segue sua trajetória
Por mais que queira tornar-se planeta
Sua natureza força-lhe a ser cometa.
Sua inveja dos planetas e de outros astros que sabe seu lugar no universo
Permanece sem retoques, intacta feito rocha.
O perfume doce de seus cabelos e o leve toque de suas mãos
Sempre ficaram e jamais perderam o sentido
Porque cometa sempre brilha ofuscante e em dado
Momento ele apaga, desaparecendo na imensidão do universo.