MORTE: Prometi ...
Tenho de começar com uma grande desculpa: prometi redigir um conto, porquanto não sou digno de fazer uma parábola.
Mas, hoje pelo menos, vou incumprir essa promessa.
Tenho motivos imensos, infinitos e muito razoáveis: Queria fantasiar um conto e achei que a "realidade" toda está mergulhada no conto. Refiro-me à "realidade" que, embora tentemos refugá-la, liscar-nos dela, aí está abraçando-nos apertadamente como urso descompassivo... Corrijo-me: como governo "democrático".
Eis o labirinto em que agora ando: não sei qual desses contos preferir nem qual deles prefeririam as leitoras ou leitores virtuais:
Esses que repetem a crise ser inexorável e impiedosa, como a morte? E portanto que temos de nos submeter a ela como os escravos de todos os tempos?
Ou aqueloutro, emanado de mente privilegiada, que afirma sem vergonhas a moeda europeia, o euro, se dissolver, se os estados solventes acudirem no seu auxílio para a consolidar?
Há mais, muitos mais... E talvez acabe por contar vários... enquanto for capaz de fazer a seleção conveniente. Até então, desculpem a minha confusão. Obrigado!