MORTE: Chispa de tempo?

(Sob o fundo sonoro da voz helénica da cantante Xaris Aleksiu reescrevo reflexões irreflexivas. Merece a pena escutar melodia e voz e mesmo a letra - não sei grego, mas sinto-o tão próximo... -:

(http://www.youtube.com/watch?feature=endscreen&NR=1&v=tXm3vdzJChw)

Sabemos (talvez saibamos...) que conhecer é um pouco "se suicidar"*, mas parece-me que ignorar equivale a ser "suicidado" (sic).

Mal, se conheces (segunda pessoa impessoal); pior, se ignoras. Seja como for, sei que a morte é o fim... e o princípio.

Vem a ser aquilo da parábola (ou fábula!) do evangelho: "se o grão de trigo não morrer, não nascerá a nova planta..."

A dialética "vida vs. morte" ou "morte vs. vida" envolve-nos, a cada um, mas sobretudo envolve o universo e, no universo, o planeta a quem (sic) lhe demos o nome de Terra. (Divertida ação denominadora: é a Terra, mãe carinhosa e terrível, a dominar-nos apesar de tudo, mas nós fingimos dominá-la denominando-a... Somos muito ilusos... "lusos" ilusos?)

Bem como se diz nos salmos: "a vida do homem** pode estender a oitenta ou, como muito, a noventa anos...", mas que é essa chispa de tempo entre os milhões e milhões de "anos" (medida convencional que o Universo ignora...) da totalidade estelar?

Houve, dizem, o "big bang" ou o que for, a partir duma "partícula divina", que lhe dizem, mas estamos certos de que fosse assim? Será assim neste estado de cousas e de vidas e de mortes?

E se todos os milhões de tempo que vem percorrendo o Universo, são apenas uma chispa de tempo, como a humana relativamente aos Universos sucessivos ou simultâneos, mas inexperimentáveis pelo observador "finitinho" em que o homem se tem constituído por aquilo que algum filósofo disse "élan vital", a que o Viqueira se referiu em mais de um artigo seu...

Tudo é tão relativo que parece absoluto... Hoje no reino bourbónico o "Radiolu" (< Rajoy) e os seus "radiólocos" parecem "fulgurantes" reformadores-destruidores do estado "espaÑol" e das suas gentes, mas apenas é "rainho" que propriamente já passou.

Igualmente está a acontecer com o império dos USAcos. E nós, com eles, passaremos e outros virão... a falarem chinês...

...

(*) "se suicidar" = "se + se + cidar" => cidar <= cadere = cair/morrer.

(**) "homo" e não "vir", "ánthropos" e não "anér"... "homem" e não "varão", quer dizer, "homem" = mulher e varão.