MORTE: Donde roubarão...?
Sem dúvida as guerras totais introduzem as pessoas na miséria também total, de modo que nalgum sentido nada inocente os mortos nelas gozam de profundas vantagens.
Mas hoje as guerras não são totais nem podem mesmo ser guerras como até hoje foram entendidas: sangue, destruição, mortos... vencedores fardados e vencidos fadados.
Não, hoje as guerras, as piores... Ccom certeza, continua havendo guerras induzidas em estados que os indutores previamente declaram não democráticos e, por esse justo motivo, devem, antes da democratização total, ser totalmente destruídos.
Hoje, digo, as piores guerras são incruentas... Incruentamente uns estados democráticos convocam estados democráticos amigos à auto-destruição: os amigos fazem com que os amigos, todos estados, eliminem o sistema educativo e o sistema de saúde e o cuidado dos anciãos e os subsídios dos reformados... E os estados amigos obedecem cegos aos estados amigos em extensa e cordial amizade entre os respetivos governantes, democraticamente eleitos... ou não: tanto tem; são estados declarados democráticos, que importa se os governantes não são elegidos democraticamente?
Seja como for, os resultados de umas e outras guerras vem a ser os mesmos: miséria estendida, universal.
Pergunto-me: Se todos os estados albergam seres sumidos na miséria, pobres de necessidade, donde lograrão os governantes amigos nos estados amigos levar ao seu bom termo os latrocínios que tinham por costume levar a bom termo?