Forever alone
E as vezes, do nada, eu me pego pensando em tudo.
No meu tudo, no meu mundo, no meu universo: em você.
E isso, de repente, toma conta de mim e sua presença me invade e seu cheiro me devora, e sua presença me alucina.
E a saudade chega, e arrebata, e maltrata, e deixa largado.
E do nada, meu infinito vai se afastando, e vai ficando difícil: difícil pensar, difícil ordenar, difícil raciocinar, difícil respirar, difícil existir.
E do nada eu me pego a chorar e a pensar como tudo poderia ser se as coisas fossem diferentes. E como seria maravilhoso tudo assim.
E do nada me pego pensando em momentos, momentos pequeno, mas que fizeram a diferença.
E do nada eu começo a te ver, começo a te sentir e vejo você me dando a mão.
E do nada você me tira das trevas, você diz que me ama, mesmo sendo diferente do que eu sempre quis.
E do nada você me oferece seu ombro e diz que sempre estará ao meu lado e que eu ficarei bem.
E do nada você vira luz e ofusca meus olhos e meu tudo volta ao nada e eu me vejo novamente só naquele mar de solidão.