Inevitáveis Questionamentos
Como conhecer as pessoas quando ainda não conhecemos a nós mesmos? Quando não sabemos onde estão os planos, os sonhos, as metas. Quando não sabemos para que direção seguir, por qual caminho prosseguir, quem iremos encontrar. Tantos anos, tantas promessas, tantos ''amores'. E o vazio permanece. O já antigo vazio de saber que muito do que sonhei não alcancei. O tanto que amei e no fundo de nada valeu. O tanto que já fiz e no fundo acabou não sendo nada. Não valendo de nada. É complicado. Mas certas dúvidas, medos, inquietações, ainda me acompanharão por um bom tempo. Tempo esse que vejo passar rápido demais. O 'futuro' antes tão distante cada vez mais próximo. Esse desafio de viver, cada dia mais difícil. O mais triste é ver quando as máscaras começam a cair. Inclusive as minhas. Principalmente as minhas. Sou humano, sou falho. Mesmo sem querer também erro. Tento aprender com cada um de meus erros. Mas é difícil, muito difícil. O que eu queria mesmo era não precisar usá-las. E ainda assim continuar importante para pessoas que sequer lembram de mim. Sinto-me satisfeito pelos amigos que tenho. Mas me sentiria ainda mais completo se no decorrer dos dias, meses, anos; parte deles não se afastassem de mim. E soubessem reconhecer o que de fato há aqui dentro. Aquela essência que me acompanha desde quando nasci. Que se consolidou quando passei a me 'entender por gente'. Quando viver deixou a certeza que estamos num ciclo que sempre se renova. Mas que só acaba quando, para algumas pessoas, a seu tempo, chega o devido final.