PEÇO PERDÃO AOS HOMENS

Peço perdão aos homens a quem amei e que me tenham amado, pelos sonhos que sempre acalentei (sonhos aos quais, em definitivo, vejo-me forçada a renunciar) sonhos de reciprocidades límpidas como gotas de orvalho que pousam sobre as folhas de um jardim. Límpidas, ainda que por alguns poucos minutos de cada vida vivida. Ainda que por alguns poucos minutos de cada vida vivida, límpidas. Ainda que...

Bem, direitos tem quem direitos tem. Tanto tentei compreender... quando chegou a minha vez... De todo modo, tem cabido sempre a mim pedir perdão, que a acusação de causar sofrimento tem sido sempre o meu quinhão, moeda de verso sem reverso nenhum.

Esperança de futuro diverso? Quem sabe, talvez... No momento, saúdo aos meus amigos, aos homens fraternos cujo testemunho de simples e natural afeto me tem acalentado. Obrigada, amigos meus.

Escrita no finalzinho da noite de 29 de julho de 2012.