Indiferença
Quando quem te inspirava já não te inspira mais
Nem amenos um verso traz,
Quando [...] é resposta para suas perguntas
O que são apenas três pontuações acaso juntas;
Quando tudo parece obscuro
Quando a luz não ultrapassa os muros;
Quando o que era temido aparece
E o poema e os versos desvanecem;
Quando tudo era duramente previsto,
E nada foi feito para impedi-lo nem o imprevisto;
Quando os caminhos entram na contra mão,
Digo o meu e o seu
Quando a trilha toma o rumo da solidão;
Quando naturalmente tudo deve ser encarado,
Quando novos caminhos devem ser encontrados.
Quando tudo isso é o correto
Mesmo que não o pareça certo.
Quando se é obrigado a encarar,
Um desejo que não se pode saciar.
E quando se vê tão distante
Daquilo que se queria perto a todo instante....
Quando...
Nada neste é indolor
É o despetalar da rosa chamada amor,
É tudo que o NÃO negava
É onde habitar a tristeza tentava,
É um caminho sem volta
Não há nele nem como dar a volta,
Mesmo sendo conhecido outrora
Arriscou-se por hora,
Foi enveredado sem prever o que traria o estrado
E ainda com pés descalçados.
Foi-se, ... e infelizmente expirou-se....
Previsões que não eram previstas
Na verdade ocultava-se das vistas,
Mais o que é o conhecimento sem aprendizado?
E isto concorde que só se obtém no estrado;
Em que terra chamada coração
Nunca ouve de rosas uma plantação?
Que sendo de amor nomeada,
Nunca foi despetalada?
Tudo bem, é só mais um capítulo da vida,
e esta com coragem deve ser seguida,
Não o menosprezando, apenas com maturidade, encarando...
O incerto que de certo é o correto.
Esta é a temida indiferença
Que nos atinge evitando qualquer descrença,
Provando que ela é possível
Mesmo onde isto parecia impossível.