Uma parte da mente
Buscada por Fernão Capelo, falsamente sentida por Ícaro e usurpada por dogmas inconseqüentes.
Muitos são os sentimentos que buscamos e tentamos construir em nós, mas tolo é aquele que tenta usar si como único expoente para tal. As crenças e filosofias há anos debatem, criticam, elogiam e distorcem esta característica humana, mas os sentidos nos trazem de volta para o conflito entre as mentes, sem abrir espaço para que a memória dê à razão contra-partidas para sua ação. Muito do que se faz no coração não pode ser entendido e este nunca é questionado, no máximo subjugado.
O externo exerce uma pressão ao interno que quando não é mais suportado extravasa nas sinceras lágrimas, gritos ou sorrisos. Desde a ausência até a recorrência de uma imagem, tudo pode, através da percepção dos sentidos, chegar ao nosso interior e lá agir para que a razão dê espaço por alguns segundos para o que faz de nós seres humanos. Aquilo que nos motiva, nos leva para frente e nos impede de certas ações é o que nos caracteriza como seres vivos, mesmo que odiado pelos racionalistas e dito como irreal, ou até como pecado, pelos ortodoxos.
Retomando à primeira linha desse pequeno texto, até mesmo a liberdade nasce no exterior e pode ser massacrado pela razão e pela ilusão. Nunca se está completo quando se encontra só. O sentir, felicidade, liberdade, paixão e até mesmo a saudade se extinguem com o tempo (o curador de todos os males), mas, para tal, é necessário o vazio. Não se está feliz sozinho, não há paixão na solidão e a liberdade precisa ser desafiada para ser valorizada...
-- FIM --
Se você leu até aqui, obrigado. Você pode não saber o quão bom é ter alguém para ler os devaneios de um "escritor". Se possível, deixe sua opinião nos comentários (principalmente críticas! Eu amo críticas ^^)!