ACENANDO PARA O PASSADO


No convés do navio da vida
mãos acenam para o embarcadouro
agora distante...
Sonhos perdidos,
amores vividos,
renúncias vãs,
feridas cicatrizadas,
companheiros de píer nunca mais vistos!...
Ah... doce juventude!
Tantas bifurcações... "E SE...?"
Há distância entre o navio e o cais!
Quantas águas deslizadas!
Serenas ou turbulentas
tão iguais e diferenciadas!...
Risos esquecidos
lágrimas memorizadas...
Mãos acenam!...
No leme, o capitão assovia calmamente,
Ele conhece a rota, o ancoradouro,
do destino é o senhor
para Ele só o presente e o futuro importam!...



HERMÍNIA ROHEN
Enviado por HERMÍNIA ROHEN em 29/07/2012
Código do texto: T3802507
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