Penso... Existo...


Próximo ao distante que me faz, penso que sou, sinto que sou, “sei” que sou, mas não sou exatamente o que penso ou o que sinto, muitas vezes isto não percebendo, acabo parecendo um tolo que crê ter ciência exata do todo que sou.
 
Penso porque existo, ou existo porque penso?
Sim, penso porque existo. É impossível pensar sem existir, mas a existência em si só não é garantia do pensar.
Sim, também existo por que penso, como dito antes, o fato de pensar é uma garantia de existência, desta forma existo porque penso. Existir porque se pensa, apesar de servir de prova, não obstante não é uma prova de existência absoluta, pois muitas e muitas coisas, infinitas delas, existem e não pensam.
Desta forma eu, enquanto homo sapiens, penso porque existo, pois a minha espécie permite o pensamento, e existo porque penso, posto que o pensar prova por si só minha existência.
 
O pensamento pode parecer transcendente, mas é totalmente imanente, ele emerge da complexidade neuronal através de uma mente, esta também emergente, em primeiro grau, do cérebro físico que a produz e a comporta.
 

Arlindo Tavares
Enviado por Arlindo Tavares em 26/07/2012
Reeditado em 26/07/2012
Código do texto: T3799040
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