Ando tão frágil
Eu tenho andado tão sensível...Eu tenho andado tão frágil. No corpo, mente e na alma...nem o sol que tem nascido tão lindo estes dias tem conseguido me levantar.
Eu me deito e me levanto procurando achar uma ponta do sonho que ainda me resta sonhar. E eu olho pro lado e estou tão sozinha. Eu não consigo correr mas também não consigo ficar onde estou. Eu estou tão distante de mim e tão perto da dor. A minha face me condena eu estou ao chão. Quem me levantará o espírito deprimido?
Deus com o seu poder, somente. O que eu penso é que Ele vai me salvar. Mas está doendo, não vou mentir. Dói de forma insuportável! A fé existe, mas procura um espaço em meio a tristeza. Fome? Sede? Vida?Morte? Tudo fica tão estranho aqui dentro. Eu estou aqui e não queria estar. Estou dentro de mim e estou tão machucada, mas se estou fora também não há cura.
O que resta? Correr. É isso... Então eu vou correr e na velocidade das minhas pernas ansiosas por se desvencilhar das cadeias o vento vai lavar meu rosto e esquentar meu corpo. Eu vou sentir que algo de mal ficou pra trás. Uma química no cérebro vai me dizer algo de bom contra a avalanche de miseráveis pensamentos que me alcançaram com suas mãos cheias de sangue. Esse algo de bom não é tão forte ainda, mas isso vai crescer e eu vou crescer também. Eu vou crescer sobre tudo isso que aflige porque estou com meu Pai, que é grande.
E isso vai passar. É...essa dor tão profunda vai embora de vez.