Caboclo.

Caboclo.

Oriundo de matas virgens,

De uma paisagem praiana

deslumbrante.

Com a pele bronzeada pelo sol.

Tens as curvas dos meus sonhos,

Por vezes me provoca um ar risonho,

Outras um olhar e coração tristonhos.

Mas, apesar de sempre ouvir de

Você a negação dele,

Meu sentimento jamais deixa a ação.

Disfarço-me de mim,

Pretendendo que não sinto

Saudades de ti.

E, esteja certo de que,

Se em algum momento decidir

Novamente estar perto;

Terei os braços abertos e,

No peito um coração vibrante;

Uma energia viva, alegre,

Veias pulsantes,

Desejando te sentir outra vez.

Ao que parece, jamais poderei

Dizer com absoluta certeza,

Que minha alma se refez.

Se voltasse ao inicio da estória.

Ouviria (como sempre) Bethania

Cantando e riria da minha falta

De juízo e excesso de paixões...

Ainda com todos os percalços,

Retornando ao principio,

“Começaria tudo outra vez”.

“Começaria tudo outra vez, se preciso fosse meu amor

A chama no meu peito ainda queima, saiba, nada foi em vão

A cuba-libre da coragem em minha mão

A dama de lilás me machucando o coração

A febre de sentir seu corpo inteiro coladinho ao meu

E então eu cantaria a noite inteira

Como eu já cantei e cantarei

As coisas todas que já tive, tenho e sei que um dia terei

A fé no que virá e a alegria de poder olhar pra trás

E ver que voltaria com você

De novo a viver nesse imenso salão

Ao som desse bolero, a vida, vamos nós

E não estamos sós, veja meu bem

A orquestra nos espera, por favor

Mais uma vez, recomeçar.”

nouvellelune
Enviado por nouvellelune em 23/07/2012
Código do texto: T3793612
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