Caboclo.
Caboclo.
Oriundo de matas virgens,
De uma paisagem praiana
deslumbrante.
Com a pele bronzeada pelo sol.
Tens as curvas dos meus sonhos,
Por vezes me provoca um ar risonho,
Outras um olhar e coração tristonhos.
Mas, apesar de sempre ouvir de
Você a negação dele,
Meu sentimento jamais deixa a ação.
Disfarço-me de mim,
Pretendendo que não sinto
Saudades de ti.
E, esteja certo de que,
Se em algum momento decidir
Novamente estar perto;
Terei os braços abertos e,
No peito um coração vibrante;
Uma energia viva, alegre,
Veias pulsantes,
Desejando te sentir outra vez.
Ao que parece, jamais poderei
Dizer com absoluta certeza,
Que minha alma se refez.
Se voltasse ao inicio da estória.
Ouviria (como sempre) Bethania
Cantando e riria da minha falta
De juízo e excesso de paixões...
Ainda com todos os percalços,
Retornando ao principio,
“Começaria tudo outra vez”.
“Começaria tudo outra vez, se preciso fosse meu amor
A chama no meu peito ainda queima, saiba, nada foi em vão
A cuba-libre da coragem em minha mão
A dama de lilás me machucando o coração
A febre de sentir seu corpo inteiro coladinho ao meu
E então eu cantaria a noite inteira
Como eu já cantei e cantarei
As coisas todas que já tive, tenho e sei que um dia terei
A fé no que virá e a alegria de poder olhar pra trás
E ver que voltaria com você
De novo a viver nesse imenso salão
Ao som desse bolero, a vida, vamos nós
E não estamos sós, veja meu bem
A orquestra nos espera, por favor
Mais uma vez, recomeçar.”