Morte

É só mais um dos quartos escuros.

Daqueles que me sufocam.

Impressão constante da minha vida sem importância.

Nem o ar que entra nos meus pulmões consegue perceber o tamanho do meu desespero.

Quanto mais busco e penso encontrar, mais eu me perco.

Sem resposta, a dor me encontra o peito.

Uma fúria maldita que ninguem percebe.

Quanto mais aumenta a dor mais invisível fico a quaisquer olhos.

Não existe olhos que olham.

Não tem cheiro nem sabor.

No quarto escuro choro e sozinha com as lágrimas estou.

Quem entende um louco que espera entendimento do amor.

A fúria é uma chama que aos poucos mata meu corpo sem piedade.

Na verdade quem se importa.

Fecha a porta amanhã outro dia.

A morte espreita a vida.

Eu estou lá estou cá.

Quem me olha não me vê.

Para saber onde termina talvez baste morrer.

Quem sabe a minha rica chance de nascer!

21/07/2012