MALDITA TRAIÇÃO

Sai por teus poros o suor da traição

Escorre de teus lábios o néctar negro

Da promiscuidade de teu venério ventre

Onde o corpo de consumo se sobrecarrega

Explodindo silenciosamente em forma de leilão

Teu leito teu talho teu peito aberto ao mundo

Mundanamente sociável é o desejo que lhe toma

Mas feliz esta por ser uma emergente Hi-Socite

E nem mesmo você se conhece mais em si mesma

Quem da mais quem tem mais quem trai mais

Vozes destoantes deste mercado do lodo

Onde o tesouro do ter não tem fronteiras

Nem tampouco limites a serem respeitados

E passas no fúnebre cortejo social beligerante

Onde as lagrimas são cifrões que os óculos mascaram

Impingindo-lhe as nodoas deste teu tempo e convívio

No mais estranho ritual de superficialidades

Saga insana de filhos assassinos rebeldes e cruéis

Criados neste modelo social moderno

Onde se confunde "vulgaridade com liberdade"

"Promiscuidade com independência"

E se funde entre vocês a idéia de "normalidade"

Onde o importante não são os dedos e sim os anéis

Lançando assim a moral e a integridade pessoal ao limbo

Na eterna busca do materialismo corruptor

Onde até o sexo torna-se moeda de troca

Num escambo mundano e imundo do ser humano

Por ser o caminho mais rápido da ascensão social

È hoje vergonhoso ser pobre e honesto

Mas quando a morte lhes bater á porta

E mostrar-lhes que isso aqui é só uma passagem

Sera tarde para temer o inferno interior

Esse que vocês só verão quando a morte lentamente

Adentrar seus corpos já corrompidos irremediavelmente

Leilson Leão
Enviado por Leilson Leão em 12/02/2007
Código do texto: T379123