MALDITA TRAIÇÃO
Sai por teus poros o suor da traição
Escorre de teus lábios o néctar negro
Da promiscuidade de teu venério ventre
Onde o corpo de consumo se sobrecarrega
Explodindo silenciosamente em forma de leilão
Teu leito teu talho teu peito aberto ao mundo
Mundanamente sociável é o desejo que lhe toma
Mas feliz esta por ser uma emergente Hi-Socite
E nem mesmo você se conhece mais em si mesma
Quem da mais quem tem mais quem trai mais
Vozes destoantes deste mercado do lodo
Onde o tesouro do ter não tem fronteiras
Nem tampouco limites a serem respeitados
E passas no fúnebre cortejo social beligerante
Onde as lagrimas são cifrões que os óculos mascaram
Impingindo-lhe as nodoas deste teu tempo e convívio
No mais estranho ritual de superficialidades
Saga insana de filhos assassinos rebeldes e cruéis
Criados neste modelo social moderno
Onde se confunde "vulgaridade com liberdade"
"Promiscuidade com independência"
E se funde entre vocês a idéia de "normalidade"
Onde o importante não são os dedos e sim os anéis
Lançando assim a moral e a integridade pessoal ao limbo
Na eterna busca do materialismo corruptor
Onde até o sexo torna-se moeda de troca
Num escambo mundano e imundo do ser humano
Por ser o caminho mais rápido da ascensão social
È hoje vergonhoso ser pobre e honesto
Mas quando a morte lhes bater á porta
E mostrar-lhes que isso aqui é só uma passagem
Sera tarde para temer o inferno interior
Esse que vocês só verão quando a morte lentamente
Adentrar seus corpos já corrompidos irremediavelmente