Uma teoria...
Logo aviso, o texto abaixo é apenas um desabafo. Escrito durante as madrugadas que me engolem junto das lágrimas e das dúvidas. A questão é que eu já sofri demais por esse tal moço, o tal baterista, o tal inconstante, o tal causador da ilusão. E aqui escrevo o último texto direcionado a ele. Não tem alma poética, mas é verdadeiro.
"Eu não consigo entender, mas o moço que conheci perdeu sua essência. Perdeu a personalidade que só ele tinha. Perdeu o brilho estranho que eu imaginava... O de ser diferente, de não pensar como os outros, de não agir como os outros. Entregou-se ao trabalho escravo, ao namoro convencional e ao senhor tempo. Perdeu a alegria de fazer as coisas que achava interessante, como tocar bateria, malhar e até surpreender-se com as moças que o amavam em segredo. Talvez tenha feito isso porque cansou-se da chatisse de ser diferente, de ter que ser interessante o tempo inteiro. Eu bem que lembro que ele cansa das coisas rápido. Mas não sei, talvez ele esteja até mais feliz agora. Mas o que tenho certeza é de que ele mudou. Foi como se aquele ciclo da sua vida tivesse sido fechado. E pela lógica, foi vivendo sua vida sem esperar por ninguém - algo que não fiz. E nesse novo ciclo de sua nova vida não cabe mais nada além dessas escolhas que ele tomou para si e a sua nova moça, que eu espero que o faça feliz como eu não tive a oportunidade de fazer. Ou seja, acredito que eu tenha ficado no velho ciclo, o que foi fechado. Bom, o que me resta agora é viver o tempo que perdi esperando pelo meu moço, e desejar que ele seja bem mais feliz do que eu. Porque sacrificar a própria felicidade pela felicidade da pessoa que se ama é doloroso, mas vale muito a pena. E bem, se você leu até aqui, lhe agradeço mas... é apenas uma teoria. Quem sabe eu interpretei tudo errado, ou apenas estivesse drogada."