Ame-se. É uma ordem.

Certas coisas talvez não valham tão a pena assim. Apostar todas as suas fichas em algo, talvez seja radical demais. Existe todo aquele sentimentalismo normal do ser humano, mas isso não significa que toda vez ele deva predominar. Tudo em excesso é prejudicial. Proteger-se um pouco não é construir uma armadura em volta de si, é se amar, se gostar em primeiro lugar. As vezes possa até soar um pouco egoísta, mas de fato não o é. Para você gostar dos outros, primeiramente precisa gostar de si. Precisa delimitar até onde os outros podem invadir o seu espaço e bagunçar a sua vida. Ceder faz parte. Aliás ceder é essencial. O que não pode é mudar por completo a sua maneira de jogar, as regras que sempre utilizou pela vontade do outro. Não falo de qualquer "outro". Pode ser muito bem uma pessoa pela qual se tenha grande afeto, grande apreço e medo de magoar. É fácil falar. Ou melhor, é fácil escrever. Mas na prática, torna-se um pouco mais difícil. É assim mesmo. Existe uma forma de não sofrer? Não. Infelizmente não. Mas isso é normal, faz parte da vida mesmo. Antes eu achava que o normal era ser feliz todos os momentos, mas não é. Existem fases e mais fases. Nos assustamos com mudança tão facilmente. Somos pequenos demais na imensidão de um céu sem fim. O importante mesmo, é só lembrar de nos respeitar. Sempre nos respeitar. A opinião dos outros é importante. Os amigos- aqueles de verdade, por favor- ajudam, e muito. Mas as decisões ainda partirão de você, não adianta. Uma hora ou outra você tem que assumir o controle e parar de se deixar levar pela vida ou pela influência dos outros. Se ame. Se valorize. Isso é uma ordem. E mais: assuma a sua culpa. Não sejamos covardes a ponto de culpar os outros por tudo que está dando errado. É feio. É feio demais.