ORFANDADE
Faz alguns anos, li um livro (não me lembro o nome do livro) de uma psiquiatra inglesa, que reunindo uma pesquisa/estudo, revelava que, a orfandade, traz consigo, um dos maiores desafios ao ser humano. Ela mesma a havia vivido, perdera o pai na infância.
Mostrava essa Doutrora/pesquisadora, exemplos de pessoas conhecidas no mundo, que ficaram órfãs em tenra idade, e como reagiram ao fato. Analisava, a médica em seu estudo, como a orfandade, pode ser destruidora na vida de uma criança, ou levar a desenvolver talentos que estão ocultos.
Usou o exemplo de Hither, para ilustrar a maneira destruidora de enfrentar a dor da orfandade. Com a revolta, ele deu asas a uma maldade que já existia dentro dele.
Em contrapartida, contou de Paul McCartney que ao perder o grande amor de sua vida, sua mãe, refugiou-se na música, e dissolveu ali seu luto e sua dor.
Outro exemplo trazido pela Doutora, foi o de Michelangelo, que aos oito anos de idade perdeu sua musa protetora, sua mãe, e solitário e tristonho, entregou-se a pintura, e na arte refugiou-se, da dor extrema da saudade.
Posso dizer, por ter vivido esse trama aos 11 anos, que ficar órfã, foi uma das mais duras provas que tive que enfrentar em minha vida. É uma dor que só pode avaliar quem já viveu.
Eu, não me transformei, graças a Deus, em um monstro feito Hither, também não trazia em minha essência as habilidades de um Paul McCartney e muito menos de um artista do porte de Michelangelo, mas desenvolvi muito cedo, a fé. Aprendi ainda criança a ter fé em minhas possibilidades, a utilizar meus recursos interiores.
Sem dúvida desenvolvi também, uma fé imensa em Deus, em Jesus, que sempre foi para mim um exemplo de que o Amor incondicional existe.
Amanhã compelta 49 anos, que minha mãe se foi, fisicamente falando, pois, espiritualmente sempre percebi sua proteção e o seu amor, a minha volta. Tenho uma sensibilidade muito aguçada. Alguns denominam de mediunidade. Já senti, minha mãe ao meu lado inúmeras vezes ao longo desses muitos anos.
E posso dizer que, com essa imensa perda, sofri muito a dor da ausência e da saudade, mas, tive também a oportunidade de desenvolver muitas habilidades, que com certeza somente esse luto precoce me pode ofertar.
Hoje, seja em que situação for, não me desespero, raramente reajo as situações, fui aprendendo a agir. Sempre que um problema/desafio surgi, paro e digo a mim mesma: - não esqueça que você enfrentou uma imensa tempestade, onde o dia se fez noite, o calor se fez gelado, com apenas 11 anos de idade. Se foi capaz de atravessar uma estrada solitária, tão sombria e espinhosa como essa, com tão poucos recursos emocionais. Muitas vezes, sem ter em quem se apoiar, você será capaz de enfrentar qualquer outra tempestade.
(Foto da Autora)
Faz alguns anos, li um livro (não me lembro o nome do livro) de uma psiquiatra inglesa, que reunindo uma pesquisa/estudo, revelava que, a orfandade, traz consigo, um dos maiores desafios ao ser humano. Ela mesma a havia vivido, perdera o pai na infância.
Mostrava essa Doutrora/pesquisadora, exemplos de pessoas conhecidas no mundo, que ficaram órfãs em tenra idade, e como reagiram ao fato. Analisava, a médica em seu estudo, como a orfandade, pode ser destruidora na vida de uma criança, ou levar a desenvolver talentos que estão ocultos.
Usou o exemplo de Hither, para ilustrar a maneira destruidora de enfrentar a dor da orfandade. Com a revolta, ele deu asas a uma maldade que já existia dentro dele.
Em contrapartida, contou de Paul McCartney que ao perder o grande amor de sua vida, sua mãe, refugiou-se na música, e dissolveu ali seu luto e sua dor.
Outro exemplo trazido pela Doutora, foi o de Michelangelo, que aos oito anos de idade perdeu sua musa protetora, sua mãe, e solitário e tristonho, entregou-se a pintura, e na arte refugiou-se, da dor extrema da saudade.
Posso dizer, por ter vivido esse trama aos 11 anos, que ficar órfã, foi uma das mais duras provas que tive que enfrentar em minha vida. É uma dor que só pode avaliar quem já viveu.
Eu, não me transformei, graças a Deus, em um monstro feito Hither, também não trazia em minha essência as habilidades de um Paul McCartney e muito menos de um artista do porte de Michelangelo, mas desenvolvi muito cedo, a fé. Aprendi ainda criança a ter fé em minhas possibilidades, a utilizar meus recursos interiores.
Sem dúvida desenvolvi também, uma fé imensa em Deus, em Jesus, que sempre foi para mim um exemplo de que o Amor incondicional existe.
Amanhã compelta 49 anos, que minha mãe se foi, fisicamente falando, pois, espiritualmente sempre percebi sua proteção e o seu amor, a minha volta. Tenho uma sensibilidade muito aguçada. Alguns denominam de mediunidade. Já senti, minha mãe ao meu lado inúmeras vezes ao longo desses muitos anos.
E posso dizer que, com essa imensa perda, sofri muito a dor da ausência e da saudade, mas, tive também a oportunidade de desenvolver muitas habilidades, que com certeza somente esse luto precoce me pode ofertar.
Hoje, seja em que situação for, não me desespero, raramente reajo as situações, fui aprendendo a agir. Sempre que um problema/desafio surgi, paro e digo a mim mesma: - não esqueça que você enfrentou uma imensa tempestade, onde o dia se fez noite, o calor se fez gelado, com apenas 11 anos de idade. Se foi capaz de atravessar uma estrada solitária, tão sombria e espinhosa como essa, com tão poucos recursos emocionais. Muitas vezes, sem ter em quem se apoiar, você será capaz de enfrentar qualquer outra tempestade.
(Foto da Autora)