O Mestre dos Mestres

Me solicitaram a falar um pouco do Mestre. Titubiei, ponderei, mas vendo que não me deixariam ir sem balbuciar algumas palavras, suspirei fundo, não sem antes fechar os olhos por alguns segundos e visualizá-lo como que a sorrir para mim a dizer: veja lá o que vai deixar sair da tua boca. Mas conhecendo-o como o conheci, sei que jamais desaprovaria alguém que falasse alguma coisa que o desagradasse tamanha a sua sabedoria em saber que nenhuma palavra tinha ou tem o poder de lhe atingir.

Refeito o susto primário, comecei; Vocês não querem que eu fale do Mestre, vocês simplesmente estão me pedindo para falar do Mestre dos Mestres.

Veio então ao mundo ou ao planeta chamado Terra, Aquele que tinha a missão de mudar a história da humanidade terrestre, de lhe imputar uma nova mentalidade de evolução humana onde deveria falar mais alto tudo o que preservaria o próximo, então Ele falou do sentimento mais nobre que até aquele momento era desconhecido dos corações que alí o escutavam paralisados diante de sua grande sabedoria. Falou Ele do amor, pois era naquele momento a única pessoa capaz de falar desse sentimento sem deturpá-lo, moldando-o, de acordo com os mais variados momentos de nossos relacionamentos sem com isso maculá-lo ou se preferirem, enchê-lo de manchas impreguinadas de ódio, de inveja e outros sentimentos nocivos ou nosso desenvolvimento moral. Era muito fácil para Ele falar de amor, sabem porque? Porque Ele era a própria encarnação do amor, nascera do amor, vivera no amor e morreu no amor. E muitos até hoje não o conhecem, que pena.

Mas uma parte de mim não gostava do que Ele fazia, pregar a paz, o amor ao próprio, a convivência sem ódio, o dar para receber e viver feliz, essa minha parte então se encheu de ódio com medo de ver seu trono destruído e seu povo, assim como chamava aqueles que o seguiam o abandonarem e então o prendeu, torturou e depois o cruxificou. Essa minha parte pensava que com isso o que o Mestre dos Mestres pregava, o amor, seria banido dos corações e a sua dominação perversa persistiria a assolar a humanidade futura, mas não foi isso o que aconteceu, a semente já havia nascido, fortificado e mesmo sufocada, cresceu, floresceu e deu frutos e com certeza jamais perecerá.

Este meus amigos, foi o único e será o único Mestre que vou para sempre chamar de o Mestre dos Mestres. Muitos o chamam de Jesus, outros de Rabi, mas eu ainda prefiro chamá-lo de o Mestre dos Mestres. Não poderia de deixar de frisar aqui que aquela parte de mim, que na época se rebelou ao ponto de cruxificá-lo, já se regenerou e hoje faz parte das fileiras do bem.

ChangCheng
Enviado por ChangCheng em 18/07/2012
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