Palavras que me revelam.
“Sei que ás vezes uso palavras repitidas
Mas, quais são as palavras que nunca são ditas?!”
(Renato Russo)
Essas palavras me revelam. São o negativo do meu filme. A fotografia da alma. Repetidas vezes algumas delas aparecem constantemente. É perceptível, porém não é há muito tempo que havia reparado. Aqui há uma delas: Sinestesia, mas nada posso fazer se todas as sensações fascinam meu ser. Então, sou sinestésica! Gosto do sentir, sou apaixonada pelo ver, animo-me com ouvir, encanto-me com o toque... E assim, descubro-me, como nunca pude antes, porque estas letras tendem a dizer a mim mesma quem sou. Não que seja necessário entender. Simplesmente vive-se por aqui neste mundo. Mas hei outra característica deste eu-lírico: também gosto das reflexões, então que estejam por perto as mais complexas, para que eu busque a resposta das indagações, mesmo que não existam. É por isso então que utilizo as reticências com exagero, mas tenho me controlado quanto á isso.
E neste desenrolar de dizer sobre o eu, surgiu mais uma delas: O lúdico. Inventar, viver em sonhos e pisando em nuvens. Ah, como quero bem este devaneio. Clamo á arte que venha até mim, esteja por aqui, porque tomarei alguns cálices de literatura até que eu embriague minhas vistas. Além do mais, posso apagar outros incômodos pensamentos se estiver a ouvir algumas das canções que me agradam. E porque não, pôr-me a assistir não seria uma boa escolha?! Que eu veja as peças, os filmes. E quanto á vida real? Também a vejo com um próprio olhar, de quem quer da vida o melhor que possa oferecer, das belezas que podem se impor sobre o que não é tão agradável, da esperança, por melhorar o que parece não ser tão bom. Que mais há de se fazer ? Escrever e por meio destas escritas me revelar!